Fecundação na mulher

A fecundação ocorre na região distal da trompa de Falópio, pois quando a ovulação (maiôs ou menos 14º dia de ciclo sexual) o ovário apresenta-se parcialmente recoberto pelas fímbrias da trompa de Falópio, estas captam o ovócito que se encontra em metáfase II da meiose, sendo o mesmo revestido pela Zona Pelúcida e células da Corona Radiata. A fertilização do ovócito compreende em primeiro lugar a passagem do espermatozóide pelas células da corona radiata que como sabemos se faz às custas das enzimas existentes no acrossoma do espermatozóide, depois temos a fusão do espermatozóide com a zona pelúcida e conseqüentemente passagem através da mesma para em seguida ocorrer à anfimixia que é a união dos pronúcleos masculinos e femininos.

A penetração dos espermatozóides através da corona radiata se dá às custas da enzima hialuronidase, provavelmente o movimento da cauda dos espermatozóides deve também contribuir para sua penetração. Já a passagem pela zona pelúcida se faz às custas da enzima acrosina que provoca sua lise. Ambas enzimas são encontradas no acrossoma do espermatozóide.

Assim que um espermatozóide atravessa a zona pelúcida, uma reação zonal ocorre, tornando a zona pelúcida impermeável a penetração de outros espermatozóides, acredita-se que estas alterações físico-químicas seja devida aos grânulos corticais liberados pelo Complexo de Golgi dos ovócitos secundários que contêm enzimas lisossomais que induzem a reação zonal.

Convém lembrar que quando a cabeça do espermatozóide liga-se à superfície do ovócito secundário  as membranas plasmáticas se fundem, rompendo-se depois no ponto de união, assim a cabeça e a cauda do espermatozóide penetram no citoplasma do ovócito, deixando a membrana plasmática do espermatozóide unida à membrana plasmática do ovócito. Agora o ovócito completa sua segunda divisão da meiose formando um óvulo maduro e o segundo corpúsculo polar, o núcleo do ovócito é conhecido como pronúcleo feminino. Dentro do citoplasma do óvulo, a cauda do espermatozóide degenera e a cabeça torna-se o pronúcleo masculino. Finalmente os pronúcleos masculino e feminino juntando-se no centro do óvulo, onde perdem suas membranas nucleares e os cromossomos paternos e maternos se misturam na metáfase da primeira divisão do zigoto.

Evidentemente que como resultados imediatos da fecundação, temos o restabelecimento do número de cromossomos diplóides característicos da espécie e a determinação do sexo. Alem de permitir que ocorra a ativação do ovo, que são divisões mitóticas sucessivas (clivagens) que ocorrem após a fecundação.

Da trompa de Falópio, o ovo deve chegar até a cavidade uterina, isto se faz às custas de batimentos ciliares da própria trompa. Na cavidade uterina, na fase de blástula do desenvolvimento embrionário, irá ocorrer a implantação; isto significa que todo o processo de segmentação ocorre no interior da própria trompa de Falópio.

Se o ovócito não for fecundado, o mesmo permanece viável por um período de um ou dois dias, após o que entra em degeneração, já o espermatozóide no organismo feminino também apresentam um período de viabilidade por cerca de dois dias.

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