Meio biótico e abiótico

O meio ambiente abiótico inclui fatores como solo, água, atmosfera e radiações. É constituído de muitos objetos e forças que se influenciam entre si e influenciam a comunidade de seres vivos que os cercam. Por exemplo, a corrente de um rio pode influir na forma das pedras que jazem ao longo do fundo do rio. Mas a temperatura, limpidez da água e sua composição química  também podem influenciar toda sorte de plantas e animais e sua maneira de viver. Um importante grupo de fatores ambientais abióticos constitui o que se chama de tempo. Os seres vivos e os destituídos de vida são influenciados pela chuva, geada, neve, temperatura quente ou fria, evaporação da água, umidade (quantidade de vapor de água no ar), vento e muitas outras condições do tempo. Muitas plantas e animais morrem a cada ano por causa das condições do tempo. Os seres humanos constroem casas e usam roupas para proteger-se dos climas ásperos. Estudam o tempo para aprender a controlá-lo. Outros fatores abióticos abrangem a quantidade de espaço e de certos nutrientes (substâncias nutritivas) de que pode dispor um organismo. Todos os organismos precisam de certa quantidade de espaço em que possam viver e levar avante as relações comunitárias. Também precisam de certa quantidade de nutrientes desprovidos de vida, como por exemplo o fósforo, para manter atividades corporais como a circulação e a digestão.

O meio ambiente biótico  inclui alimentos, plantas e animais, e suas relações recíprocas e com o meio abiótico. A sobrevivência e o bem-estar do homem dependem grandemente dos alimentos que come, tais como frutas, verduras e carne. Depende igualmente de suas associações com outros seres vivos. Por exemplo, algumas bactérias do sistema digestivo do homem ajudam-no a digerir certos alimentos. Os fatores sociais e culturais que cercam o homem são uma parte importante de seu meio ambiente biótico. Seu sistema nervoso altamente desenvolvido tornou possível a memória, o raciocínio, a comunicação. Os seres humanos ensinam  a seus filhos e aos seus companheiros o que aprenderam. Pela transmissão dos conhecimentos, o homem desenvolveu a religião, a arte, a música, a literatura, a tecnologia e a ciência. A herança cultural e a herança biológica do homem possibilitaram-lhe progredir além de qualquer outro animal no controle do meio ambiente. Nas últimas décadas, ele começou a explorar o meio ambiente do espaço cósmico.

Todo ser vivo se encontra em um meio que lhe condiciona a evolução de acordo com o seu patrimônio hereditário. A reação de evolução sobre o patrimônio leva à individualização dos seres e a sua adaptação ao modo de vida. Quando o meio muda, o organismo reage através de uma nova adaptação (dentro da faixa permitida pelo patrimônio hereditário) que, segundo Lamark, seria sempre eficaz, mas que, na realidade, pode ser prejudicial e agravar as conseqüências da mudança. Por exemplo, alterações bruscas como as que geralmente ocorrem em lagoas acarretam muitas mortes. A locomoção, no reino animal, e a dispersão dos diásporos, no reino vegetal, permitem às espécies instalarem-se em novos ambientes, mais favoráveis. É o aspecto principal da migração. O organismo pode, também, diminuir as trocas ou contatos com um meio hostil através da reclusão (construção de um abrigo, enquistamentos, anidrobiose, etc.) Enfim, uma espécie pode organizar seu meio por iniciativa própria (insetos sociais, castor e espécie humana).

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