Poluição

INTRODUÇÃO

A ecologia não tem um início muito bem delineado. Encontra seus primeiros antecedentes na história natural dos gregos, particularmente em um discípulo de Aristóteles, Teofrasto, que foi o primeiro a descrever as relações dos organismos entre si e com o meio. As bases posteriores para a ecologia moderna foram lançadas nos primeiros trabalhos dos fisiologistas sobre plantas e animais. O aumento do interesse pela dinâmica das populações recebeu impulso especial no início do século XIX e depois que Thomas Malthus chamou atenção para o conflito entre as populações em expansão e a capacidade da Terra de fornecer alimento. Raymond Pearl (1920), A. J. Lotka (1925), e Vito Volterra (1926) desenvolveram as bases matemáticas para o estudo das populações, o que levou a experiências sobre a interação de predadores e presas, as relações competitivas entre espécies e o controle populacional. O estudo da influência do comportamento sobre as populações foi incentivado pelo reconhecimento, em 1920, da territorialidade dos pássaros.

Os conceitos de comportamento instintivo e agressivo foram lançados por Konrad Lorenz e Nikolaas Tinbergen, enquanto V. C. Wynne-Edwards estudava o papel do comportamento social no controle das populações. No início e em meados do século XX, dois grupos de botânicos, um na Europa e outro nos Estados Unidos, estudaram comunidades vegetais de dois diferentes pontos de vista. Os botânicos europeus se preocuparam em estudar a composição, a estrutura e a distribuição das comunidades vegetais, enquanto os americanos estudaram o desenvolvimento dessas comunidades, ou sua sucessão. As ecologias animal e vegetal se desenvolveram separadamente até que os biólogos americanos deram ênfase à inter-relação de comunidades vegetais e animais como um todo biótico. Alguns ecologistas se detiveram na dinâmica das comunidades e populações, enquanto outros se preocuparam com as reservas de energia. Em 1920, o biólogo alemão August Thienemann introduziu o conceito de níveis tróficos, ou de alimentação, pelos quais a energia dos alimentos é transferida, por uma série de organismos, das plantas verdes (produtoras) aos vários níveis de animais (consumidores).

Em 1927, C. S. Elton, ecologista inglês especializado em animais, avançou nessa abordagem com o conceito de nichos ecológicos e pirâmides de números. Dois biólogos americanos, E. Birge e C. Juday, na década de 1930, ao medir a reserva energética de lagos, desenvolveram a idéia da produção primária, isto é, a proporção na qual a energia é gerada, ou fixada, pela fotossíntese. A ecologia moderna atingiu a maioridade em 1942 com o desenvolvimento, pelo americano R. L. Lindeman, do conceito trófico-dinâmico de ecologia, que detalha o fluxo da energia através do ecossistema. Esses estudos quantitativos foram aprofundados pelos americanos Eugene e Howard Odum. Um trabalho semelhante sobre o ciclo dos nutrientes foi realizado pelo australiano J. D. Ovington. O estudo do fluxo de energia e do ciclo de nutrientes foi estimulado pelo desenvolvimento de novas técnicas -- radioisótopos, microcalorimetria, computação e matemática aplicada -- que permitiram aos ecologistas rotular, rastrear e medir o movimento de nutrientes e energias específicas através dos ecossistemas. Esses métodos modernos deram início a um novo estágio no desenvolvimento dessa ciência -- a ecologia dos sistemas, que estuda a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas.

Até o fim do século XX, faltava à ecologia uma base conceitual. A ecologia moderna, porém, passou a se concentrar no conceito de ecossistema, uma unidade funcional composta de organismos integrados, e em todos os aspectos do meio ambiente em qualquer área específica. Envolve tanto os componentes sem vida (abióticos) quanto os vivos (bióticos) através dos quais ocorrem o ciclo dos nutrientes e os fluxos de energia. Para realizá-los, os ecossistemas precisam conter algumas inter-relações estruturadas entre solo, água e nutrientes, de um lado, e entre produtores, consumidores e decomponentes, de outro.

Os ecossistemas funcionam graças à manutenção do fluxo de energia e do ciclo de materiais, desdobrado numa série de processos e relações energéticas, chamada cadeia alimentar, que agrupa os membros de uma comunidade natural. Existem cadeias alimentares em todos os habitats, por menores que sejam esses conjuntos específicos de condições físicas que cercam um grupo de espécies. As cadeias alimentares costumam ser complexas, e várias cadeias se entrecruzam de diversas maneiras, formando uma teia alimentar que reproduz o equilíbrio natural entre plantas, herbívoros e carnívoros. Os ecossistemas tendem à maturidade, ou estabilidade, e ao atingi-la passam de um estado menos complexo para um mais complexo. Essa mudança direcional é chamada sucessão.

Sempre que um ecossistema é utilizado, e que a exploração se mantém, sua maturidade é adiada. A principal unidade funcional de um ecossistema é sua população. Ela ocupa um certo nicho funcional, relacionado a seu papel no fluxo de energia e ciclo de nutrientes. Tanto o meio ambiente quanto a quantidade de energia fixada em qualquer ecossistema são limitados. Quando uma população atinge os limites impostos pelo ecossistema, seus números precisam estabilizar-se e, caso isso não ocorra, devem declinar em conseqüência de doença, fome, competição, baixa reprodução e outras reações comportamentais e psicológicas. Mudanças e flutuações no meio ambiente representam uma pressão seletiva sobre a população, que deve se ajustar. O ecossistema tem aspectos históricos: o presente está relacionado com o passado, e o futuro com o presente. Assim, o ecossistema é o conceito que unifica a ecologia vegetal e animal, a dinâmica, o comportamento e a evolução das populações.

POLUIÇÃO

Existe, na natureza, um equilíbrio biológico entre todos os seres vivos. Neste sistema em equilíbrio os organismos produzem substâncias que são úteis para outros organismos e assim sucessivamente. A poluição vai existir toda vez que resíduos (sólidos, líquidos ou gasosos) produzidos por microorganismos, ou lançados pelo homem na natureza, forem superior à capacidade de absorção do meio ambiente, provocando alterações na sobrevivência das espécies. A poluição pode ser entendida, ainda, como qualquer alteração do equilíbrio ecológico existente. A poluição é essencialmente produzida pelo homem e está diretamente relacionada com os processos de industrialização e a conseqüente urbanização da humanidade. Esses são os dois fatores contemporâneos que podem explicar claramente os atuais índices de poluição. Os agentes poluentes são os mais variáveis possíveis e são capazes de alterar a água, o solo, o ar, etc. Poluição, é portanto, uma agressão à natureza, ao meio ambiente em que o homem vive. Os efeitos da poluição são hoje tão amplos que já existem inúmeras organizações de defesa do meio ambiente.

O que é poluição?

Dá-se o nome de poluição a qualquer degradação (deterioração, estrago) das condições ambientais, do habitat de uma coletividade humana. É uma perda, mesmo que relativa, da qualidade de vida em decorrência de mudanças ambientais. São chamados de poluentes os agentes que provocam a poluição, como um ruído excessivo, um gás nocivo na atmosfera, detritos que sujam os rios ou praias ou ainda um cartaz publicitário que degrada o aspecto visual de uma paisagem. Seria possível relacionar centenas de poluentes e os tipos de poluição que ocasionam, mas vamos citar apenas mais dois exemplos.
Um deles são os agrotóxicos (DDT, inseticidas, pesticidas), muito utilizados para combater certos microorganismos e pragas, em especial na agricultura. Ocorre que o acúmulo desses produtos acaba por contaminar os alimentos com substâncias nocivas à saúde humana, às vezes até cancerígenas. Outro exemplo é o das chuvas ácidas, isto é, precipitações de água atmosférica carregada de ácido sulfúrico e de ácido nítrico. Esses ácidos, que corroem rapidamente a lataria dos automóveis, os metais de pontes e outras construções, além de afetarem as plantas e ocasionarem doenças respiratórias e da pele nas pessoas, são formados pela emissão de dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio por parte de certas indústrias. Esses gases, em contato com a água da atmosfera, desencadeiam reações químicas que originam aqueles ácidos. Muitas vezes essas chuvas ácidas vão ocorrer em locais distantes da região poluidora, inclusive em países vizinhos, devido aos ventos que carregam esses gases de uma área para outra.
O problema da poluição, portanto, diz respeito à qualidade de vida das aglomerações humanas. A degradação do meio ambiente do homem provoca uma deterioração dessa qualidade, pois as condições ambientais são imprescindíveis para a vida, tanto no sentido biológico como no social.

CLASSIFICAÇÃO DOS POLUENTES

De acordo com a origem:

a) Poluentes Primários - Estão presentes na atmosfera na forma em que são emitidos como resultado de algum processo. Os principais poluentes desta categoria são tanto sólidos, como líquidos e gasosos, ou mesmo radiações. Citamos como poluentes primários; partículas finas, partículas grosseiras, compostos de nitrogênio, óxidos de carbono, compostos de enxofre, compostos halogenados, compostos orgânicos, entre outros.

b) Poluentes Secundários - São produzidos na atmosfera pela reação entre dois ou mais poluentes primários, ou pela reação com constituintes normais atmosféricos, com ou sem foto-ativação. Citamos como poluentes secundários; oxidantes, névoas ácidas, smog.

De acordo com o Estado

a) Gases e vapores - CO, CO2, SO2, NO2

b) Partículas sólidas e liquidas - Poeiras, fumos, névoas e fumaças

De acordo com a composição Química

a) Poluentes Orgânicos - Hidrocarbonetos, aldeídos e cetonas

b) Poluentes Inorgânicos - H2S, HF, NH3

POLUIÇÃO DAS ÁGUAS

A poluição das águas tem sido um problema para a nossa sociedade, e é tempo de por fim a todo o custo este assunto. Nestes últimos anos o governo tem tentado sensibilizar a opinião pública para esta situação que tem vindo a agravar-se devido há falta de fundos.

Também as indústrias, que cada vez fazem mais poluição sem qualquer medida protecionista contribuem fortemente para o problema sem qualquer multa por parte do Governo. Nós neste trabalho vamos falar nas formas de poluição aquática no mundo e no Brasil. Também vamos falar dos poluentes da água e os seus perigos para a sociedade.

Durante um longo período de tempo, a introdução dos poluentes nos oceanos poderá conduzir a uma acumulação de substâncias tóxicas, a longo prazo, disseminando mortandade e contaminação de seres vivos do oceano. Uma vez chegado a isto, não há hipótese de voltar atrás mas não vamos deixar que isto se alastre para causas muito piores do que aquelas que já existem por isso contamos com a colaboração de toda a sociedade e começar a sensibilizar a sociedade escolar, ou seja, mais os alunos que serão o futuro de amanha para não continuarem a poluir como os nossos antepassados poluíram. A maior parte dos poluentes atmosféricos reage com o vapor de água na atmosfera e volta à superfície sob a forma de chuvas, contaminando, pela absorção do solo, os lençóis subterrâneos.

Nas cidades e regiões agrícolas são lançados diariamente cerca de 10 bilhões de litros de esgoto que poluem rios, lagos, lençóis subterrâneos e áreas de mananciais. Os oceanos recebem boa parte dos poluentes dissolvidos nos rios, além do lixo dos centros industriais e urbanos localizados no litoral. O excesso de material orgânico no mar leva à proliferação descontrolada de microrganismos, que acabam por formar as chamadas "marés vermelhas" - que matam peixes e deixam os frutos do mar impróprios para o consumo do homem. Anualmente 1 milhão de toneladas de óleo se espalham pela superfície dos oceanos, formando uma camada compacta que demora para ser absorvida. Desde há muito que os peritos marinhos e aquáticos argumentam que todos os novos compostos introduzidos no nosso mar e rios deveriam ser considerados potencialmente letais. Eis um testemunho desses peritos: "No dia seguinte navegávamos sob vento fraco através de um oceano onde a água límpida estava cheia de massas flutuantes e negras de alcatrão, aparentemente sem fim... O Atlântico já não era azul, mas sim cinzento esverdeado e opaco, coberto de coágulos de petróleo que variavam de tamanho, desde a cabeça de um alfinete até às dimensões de uma sanduíche. No meio do lixo, flutuavam garrafas de plástico. Poderíamos estar num sujo porto citadino... Tornou-se claro para nós que a humanidade estava realmente a poluir a sua mais vital nascente, o indispensável filtro do nosso planeta, o oceano."

Parte da poluição é muito visível: rios espumosos, um brilho oleoso à superfície de um lago, cursos de água atulhados de lixo doméstico (como é o caso do nosso rio Douro).

Mas grande parte é invisível. Lagos afetados pelas chuvas ácidas podem ainda parecer muito bonitos mas sem vida. Infelizmente a agressão ao nosso ambiente aquático não acaba aqui. Nos mares, lagos e rios existe uma enorme diversidade de espécies diferentes muitas das quais fornecem à humanidade muita comida nutritiva. Não existiam ameaças a esta fonte de alimentos antes do séc. XIX. Quando navios maiores e técnicas piscatórias mais eficientes, começaram a provocar um sério desgaste nas populações reprodutoras. Desde a baleia de oceano até ao mais pequeno crustáceo de água doce tem sido dizimado pelo Homem. A difusão de lixo marítimo de pólo a pólo torna necessária uma vigilância internacional. Os navios que derramam impunemente petróleo e poluentes químicos na água dos oceanos. Mas embora as descargas e derrames de petróleo no alto mar tenham efeitos locais importantes, estas águas encontram-se livres dos piores efeitos da poluição. As principais áreas de preocupação são as que se encontram próximo de terra e de aglomerados humanos. É aqui que a poluição se concentra, é também aqui que se encontra a maioria de vida marinha, nas plataformas continentais.

O lixo da sociedade tornou-se uma praga para a vida marinha. As tartarugas marinhas e as baleias ingerem sacos de plástico, que tomam por medusas, provocando-lhe a morte por asfixia. Uma vez, encontrou-se um cachalote com 50 sacos de plásticos entalados na garganta. As aves marinhas ingerem pequenas bolas de polietileno que flutuam à superfície do mar; as aves sentem-se fartas e isso impede-as de se alimentarem adequadamente. Não conseguem engordar e, assim, a sua aptidão para sobreviverem é reduzida. Nas ilhas Aleutas, no Pacífico Norte, a população de focas tem diminuído 10%, não devido à caça ou à diminuição das reservas de peixes, mas por serem apanhadas por precintas plásticos de embalagem e por tiras plásticas que mantêm unidas as latas de bebidas.

Anualmente, um milhão e meio de quilômetros de redes de pesca, de "nylon" (conhecidas por "a cortina da morte"), são lançadas ao mar e cerca de 100 quilômetros de rede acabem por perder-se. Essas "redes - fantasmas" continuam a pescar, sem governo. Capturam e provocam o afogamento de tartarugas marinhas, focas, aves marinhas, golfinhos e baleias. A partir de finais de 1988, deverá ter entrado em vigor um tratado internacional que tornará ilegal o despejo de matérias plásticas ou redes de "nylon" no mar.

A poluição das águas fluviais são, hoje, constantemente agredidas pelo excesso de poluentes derramados e despejados destas águas.

Os constantes despejos de esgotos das fábricas e dos centros urbanos estão carregados de substâncias que podem constituir causa séria de poluição como por exemplo: ovos de parasitas, fungos, bactérias, e vírus que ocasionam doenças como tifo, tuberculose, hepatite e cólera. A poluição marinha se dá principalmente pelo derramamento de petróleo em caso de vazamentos e acidentes com petroleiros.

AS GRANDES FORMAS DE POLUIÇÃO AQUÁTICA

Esgotos pluviais e escoamento urbano - Escoamento de superfícies impermeáveis incluindo ruas, edifícios e outras áreas pavimentadas para esgotos ou tubos antes de descarregarem para águas superficiais.

Industrial - Fábricas de polpa e de papel, fábricas de químicos, fábricas de têxteis, fábricas de produtos alimentares...

Agrícola - Excesso de fertilizantes que vão infiltrar-se no solo e poluir os lençóis de água subterrâneos e por sua vez os rios ou ribeiros onde estes vão dar Extração de recursos Minas- Modificações hidrológicas Canalizações, construção de barragens.

POLUIÇÃO QUÍMICA DAS ÁGUAS

É um tipo de poluição de águas que atinge rios e oceanos. Dois tipos de poluentes caracterizam a poluição química:

a) Biodegradáveis - São produtos químicos que ao final de um tempo, são decompostos pela ação de bactérias. São exemplos de poluentes biodegradáveis o detergente, inseticidas, fertilizantes, petróleo, etc.

b) Persistentes - São produtos químicos que se mantém por longo tempo no meio ambiente e nos organismos vivos.

Estes poluentes podem causar graves problemas como a contaminação de alimentos, peixes e crustáceos. São exemplos de poluentes persistentes o DDT, o mercúrio, etc. Geralmente o mercúrio é utilizado na mineração para separar o ouro nos rios. Se um peixe contaminado por mercúrio for ingerido por pessoas, este peixe contaminado pode levar estas pessoas até a morte se não tomarem providencias imediatas. Os rios geralmente conseguem "diluir" uma certa quantidade de poluentes químicos, mas se estas quantidades forem ultrapassadas desenvolve-se no rio algas verde-azuladas, que o fazem cheirar mal. Estas bactérias se reproduzem rapidamente e vão aumentando roubando todo o oxigênio da água. Sem oxigênio os peixes vão morrendo aos poucos, e toda vida no rio vai deixando de existir, morrendo inclusive as bactérias.

POLUIÇÃO POR FOSFATOS E NITRATOS

Os adubos e fertilizantes usados na agricultura contêm grandes concentrações de nitrogênio e fósforo. Esses poluentes orgânicos constituem nutrientes para as plantas aquáticas, especialmente as algas, que transformam a água em algo semelhante a um caldo verde, fenômeno também conhecido por floração das águas. Em alguns casos, toda a superfície é recoberta por um "tapete", formado pelo entrelaçamento de algas filamentosas. Com isso, ocorre a desoxigenação da água. Pode parecer incoerente. Afinal, as algas são seres que produzem o oxigênio durante a fotossíntese.

Assim, a quantidade de oxigênio deveria aumentar e não diminuir. De fato, as algas liberam oxigênio, mas o tapete superficial que elas formam faz com que boa parte desse gás seja liberado para a atmosfera, sem se dissolver na água. Além do que, a camada superficial de algas dificulta a penetração de luz. Isso impossibilita a fotossíntese nas zonas inferiores, reduzindo a produção de oxigênio e a morte de vegetais. A decomposição dos vegetais mortos aumenta o consumo de oxigênio, agravando ainda mais a desoxigenação das águas.

O QUE FAZER PARA DIMINUIR A POLUIÇÃO DA ÁGUA?

Existem várias maneiras de contribuir para a diminuição da poluição da água:

  • Utilize apenas detergentes que não contenham fosfatos e usa uma quantidade inferior à indicada no rótulo;

  • Compre apenas bebidas engarrafadas em recipiente recicláveis e nunca as deixes na praia ou na rua. Junte- as e entregue-as na loja.

  • Diga aos teus pais para comprarem apenas papel higiênico que não tenha sido branqueado com cloro ou tingido. Depois do papel se decompor, o cloro e os corantes permanecem na água, prejudicam a vida de muitos animais.

  • Utilize sempre que puderes recipientes recicláveis em vez de sacos de plástico. Quanto menos lixo houver nas lixeiras, menor é a probabilidade da água subterrânea ser contaminada.

POLUIÇÃO POR RESÍDUOS NÃO-BIODEGRADÁVEIS

Todos os compostos orgânicos são biodegradáveis, ou seja, podem ser decompostos pelas bactérias. Existem, entretanto, alguns compostos orgânicos sintetizados pela indústria que não são biodegradáveis. Tais compostos também podem ser chamados de recalcitrantes ou biologicamente resistentes. Não sendo degradados, tais compostos vão se acumulando na água, atingindo concentrações tão altas que geram sérios riscos aos seres vivos. Dessas substâncias não-degradáveis merecem destaque o DDT, o mercúrio, etc. Os fosfatos são encontrados na maior parte dos detergentes e, como já vimos, provocam a eutrofização. A poluição por óleo é feita, principalmente, pelos navios petroleiros, por ocasião da lavagem

POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

As fontes de emissão de poluentes primários e dos componentes secundários pode ser as mais variadas possíveis. A emissão de gases tóxicos por veículos automotores é a maior fonte de poluição atmosférica. Nas cidades, esses veículos são responsáveis por 40% da poluição do ar, porque emitem gases como o monóxido e o dióxido de carbono, o óxido de nitrogênio, o dióxido de enxofre, derivados de hidrocarbonetos e chumbo. As refinarias de petróleo, indústrias químicas e siderúrgicas, fábricas de papel e cimento emitem enxofre, chumbo e outros metais pesados, e diversos resíduos sólidos. A identificação de uma fonte de poluição atmosférica, depende, antes de mais nada, dos padrões adotados para definir os agentes poluidores e seus efeitos sobre homens, animais, vegetais ou materiais outros, assim como dos critérios para medir os poluentes e seus efeitos. Essas alterações provocam no homem distúrbios respiratórios, alergias, lesões degenerativas no sistema nervoso, e em órgãos vitais, e câncer. Em cidades muito poluídas, esses distúrbios agravam-se no inverno com a inversão térmica, quando uma camada de ar frio forma uma redoma na alta atmosfera, aprisionando o ar quente e impedindo a dispersão dos poluentes. Sem indicar a que nível estamos interessados a conversar a qualidade do ar, é impossível controlar as fontes de poluição. Outros fatores a considerar são de natureza social (pressão de grupos), ambientais (Sinergimos ou antagonismos) e mesmo pessoal como suscetibilidade de indivíduos ou grupos, e vários outros.

CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES DE POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

a) Fontes Específicas Fixas Ocupam na comunidade área relativamente limitada Quase todas de natureza industrial Permitem avaliação na base de fonte por fonte

b) Fontes Múltiplas Fixas ou móveis Geralmente se dispersam pela comunidade Não podem ser praticamente avaliada na base de fonte por fonte

c) Fontes Naturais Estas fontes dificilmente serão reconhecidas se o padrão adotado for o correspondente exclusivamente a dano à saúde das populações

Entre elas podemos apontar:

O solo que nos fornece as poeiras de terra, oriundas de locais desabrigados de vegetação, como estradas, desertos, etc. A vegetação constituída de resíduos vegetais, levantados pelos ventos, ou por pólen, ambos com possibilidades de causarem alergias. Dos oceanos são desprendidas gotículas de água carregadas ou não de sais que não disseminadas pelos ventos. O sal assim carregado constitui mais uma parcela de material particulado na atmosfera. Vulcões e fontes naturais de líquidos, gases e vapores, que podem inundar uma região com impurezas em qualidade e quantidade indesejáveis. Descargas elétricas atmosféricas As neblinas, nevoeiros e a garoa, por si só não são considerados poluentes

CLASSIFICAÇÃO FÍSICA DOS POLUENTES

Os agentes poluentes atmosféricos, segundo o seu estado físico, podem apresentar sob várias formas sólidas, liquidas ou gasosas, das seguintes maneiras:

Poeiras - São pequenas partículas sólidas, com diâmetro de 0,1 a mais de 100 microns, originada de parcelas maiores, por processos mecânicos de desintegração, como lixamento, moagem, etc., ou poeiras naturais como o pólen, esporos, etc. Exemplos: Partículas de rochas, de metais, de cimento, etc. Pode também ser definido como um aerossol de partículas sólidas

Fumos - São partículas sólidas com diâmetro inferiores a um mícron, formadas pela condensação de vapores de materiais sólidos, geralmente metais, e consequentemente solidificação. Normalmente este mecanismo é acompanhado de oxidação. Os fumos são inorgânicos. Exemplo: Fumos de óxidos de chumbo, de zinco, etc.

Fumaça - São partículas, geralmente mas não obrigatoriamente, sólidas em suspensão no ar, e oriundas da combustão incompleta de materiais orgânicos. As fumaças industriais de importância são formadas por partículas com diâmetros inferiores a meio mícron.

Neblina - A neblina é constituída de partículas líquidas de pequeníssimas dimensões, em suspensão no ar, originadas de um processo mecânico de subdivisão, como a nebulização.

Nevoeiro - São também partículas líquidas de pequeníssimas dimensões, em no ar, mas resultante da condensação de vapores.

Vapores - É a forma gasosa de substâncias que se encontram sob a forma líquida ou sólida a 25°C de temperatura e a uma atmosfera de pressão.

Gases - São substâncias que se encontram em estado gasoso a temperatura de 25°C e sob uma atmosfera de pressão. Os gases são fluídos sem forma própria e que possuem a tendência de ocupar qualquer espaço inteira e uniformemente.

Aerossol - São substâncias sólidas ou liquidas de tamanho microscópico, em suspensão no meio gasoso, sob forma particulada.

Névoa Fotoquímica - São produtos de reação foto químicas, geralmente combinados com um valor de água. As partículas são geralmente menores que 1,5 micrômetros. As unidades de medida para os poluentes atmosféricos mais utilizados são: Para poeira, o número de partículas por unidade de volume de ar, é muito usado a unidade "mmpc" (milhões de partículas por pé cubico de ar). No caso de medidas de névoas, neblinas e fumos pode-se usar "mg/m3 "(miligrama por metro cúbico) isto é, peso por unidade de volume. Gases e vapores são medidos em "ppm" (partes por milhão) Abaixo relaciona-se uma lista resumida de poluentes gerais, relacionadas as suas principais fontes produtoras:

POLUENTES COMUNS

Dióxido de Enxofre - Combustões domésticas, usinas termelétricas, refinarias de petróleo, olarias, usinas de aço e ferro.

Material Particulado - Emissões de veículos, combustões domésticas, usinas de gás, geração de eletricidade, incineradores, fábricas de cimento, refinarias de petróleo, fornos de cal, fábricas de cerâmica, fundições, estufas e carvão.

Hidrocarbonetos - Emissões de veículos, refinarias de petróleo.

Óxidos de Nitrogênio - Emissões de veículos, fábricas de acido nítrico, usinas termoelétricas, usinas de ferro e aço, fábricas de fertilizantes.

EFEITOS DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

O homem, mergulhado na atmosfera que os cerca, faz passar por seus pulmões, em média, 12m3 de ar, por dia. Este ar mergulha no sistema respiratório, atingindo as regiões mais profundas, tomando contato com os alvéolos pulmonares, irrigando uma área de mais de 70m2. O ar deverá transportar o vital oxigênio, mas poderá também levar outros gases menos saudáveis, além de material particulado de tamanho suficiente para atingir os alvéolos, e destes serem removidos e levados para as regiões onde podem ser absorvidos, ou onde vão produzir ação irritante mais ou menos acentuada. As defesas naturais do homem, contra as impurezas do ar, são muito precárias, entre elas podemos citar:

  • Secreção mucosa das vias aéreas superiores, que tende aglutinar as partículas sólidas e fixar gases e vapores;

  • Cilhos que vão desde a traquéia até os brônquios com a finalidade de levar as partículas inaladas em direção a faringe; * Movimento peristálticos bronquíolos, colaborando na eliminação de partículas;

  • Forma peculiar das fossas nasais, fazendo com que as partículas de maior tamanho sejam precipitadas sobre a base da língua;

  • Espasmos das cordas vocais e da musculatura brônquica, procurando evitar a penetração de impurezas nas partes mais profundas das vias aéreas;

  • Reflexos de tosse e espirro, criando violentas correntes de ar com a finalidade de expulsar substâncias estranhas das vias aéreas. A determinação da influência da poluição do ar na saúde humana e extremamente complexa e difícil. Exige uma avaliação quantitativa e qualitativa de um grande numero de fatores, tais como a concentração de poluente, duração da exposição, localização da sua atuação, efeitos sinergéticos ou antagônicos, tudo aliado à influência de fatores meteorológicos. Salvo as exceções de casos graves específicos, não há prova científica de que a poluição atmosférica, seja capaz, por si só de causar doença. Os efeitos sobre a saúde do homem podem ser avaliados em quatro níveis:

  • Ausência de efeitos biológicos apreciáveis pelos métodos atuais de investigação;

  • Irritação dos órgãos sensoriais;

  • Efeitos adversos sobre função biológica, podendo chegar a doenças crônicas;

  • Doença aguda e "morte"

POLUIÇÃO DOS SOLOS

O solo no ecossistema Já vimos que o solo faz parte integrante dos ecossistemas, pela sua participação nos ciclos biogeoquímicos. A utilização de água e nutrientes é cíclica desde que, retirados do solo, tais elementos retornem ao mesmo através dos ciclos biogeoquímicos.

Um dos problemas ecológicos atuais é a despreocupação humana em relação à essa reciclagem, especialmente no que concerne aos nutrientes de vegetais e condicionadores de solos agriculturáveis. Em relação à poluição do solo analisaremos: o uso de adubos sintéticos e praguicidas e o lixo. O uso excessivo de adubos sintéticos A fim de atender à crescente demanda de alimentos, acarretada pelo crescimento populacional, a produção e o uso de adubos sintéticos vêm sendo intensificados progressivamente.

Para a produção desses adubos a indústria de fertilizantes retira elevadas quantidades de nitrogênio do ar e fosfatos das rochas. O emprego excessivo de fertilizantes gera um desequilíbrio ecológico. Os agentes decompositores não conseguem reciclá-la na mesma proporção em que são adicionados ao solo provocando eutrofização, bem como alterações caracterizadas pelo decréscimo de materiais orgânicas e retenção de água.

O USO DE PRAGUICIDAS

Praguicidas ou defensivos agrícolas são substâncias venenosas utilizadas no combate às pragas, organismos considerados nocivos ao homem. Os principais praguicidas são:

  • Herbicidas, usados para matar ervas daninhas;

  • Fungicidas, utilizados no combate de fungos parasitas;

  • Inseticidas, usados contra insetos, e

  • Nematócidos, que controlam nematódios parasitas.

Acontece que os defensivos químicos empregados no controle de pragas são muito pouco específicos, destruindo indiferentemente espécies nocivas e úteis. Existem praguicidas extremamente tóxicos, mas instáveis. Existem praguicidas extremamente tóxicos, mas instáveis. Eles podem causar danos imediatos, mas não causam poluição a longo prazo. Existem praguicidas menos tóxicos, ou seja, persistentes em ecossistemas, provocando efeitos por muitos anos. Os praguicidas podem ser transportados a longas distâncias, causando danos bem longe das regiões em que foram aplicados. Outro problema reside no acúmulo ao longo das cadeias alimentares. Assim, por exemplo, as minhocas, alimentando-se de grandes quantidades de folhas mortas e ingerindo partículas do solo, cumulam no seu organismo grandes quantidades de inseticidas clorados; as aves que se alimentam de minhocas, como as galinhas, passam a ingerir altas concentrações de veneno.

Outro efeito nocivo é que os praguicidas reduzem a Biodiversidade das biocenoses.

O CONTROLE BIOLÓGICO

O chamado controle biológico consiste no combate às pragas através de seus inimigos naturais, predadores ou parasitas. Nesse processo os parasitas, por serem mais específicos, são preferidos em relação aos predadores.

O PROBLEMA DO LIXO

O lixo urbano é constituído predominantemente por matéria orgânica e como tal sofre intensa decomposição, permitindo a reciclagem. A decomposição pode ser feita por dois processos: aeróbio e anaeróbio. A decomposição aeróbia é muito mais rápida, e os resíduos resultantes são: gás carbônico, sais minerais e alguns compostos orgânicos que, mais resistentes à biodegradação não chegam a se decompor totalmente. A decomposição anaeróbia, entretanto pode originar compostos nocivos, como gás sulfídrico, mercaptans e outros compostos que podem ser tóxicos ou exalar mau cheiro.

O lixo urbano sofre quatro processos: lixões, aterros sanitários, compostagem e incineração. No caso dos "lixões", o lixo simplesmente é levado para terrenos baldios onde fica exposto e é aproveitado pelos "catadores de lixo" que correm o risco de contrair doenças. Por outro lado o lixão provoca intensa proliferação de moscas e outros insetos.

Outro inconveniente é o "corume", liquido que resulta da decomposição do lixo e que polui o solo e os lençóis d'água.

O chamado aterro sanitário não é um processo de tratamento. Consiste na decomposição de camadas de lixo alternadas com camadas de argila em terrenos bem drenados. Nessas condições as camadas de lixo sofrem decomposição aeróbia e depois anaeróbia. Um inconveniente do aterro sanitário é a possibilidade de contaminação das águas subterrâneas, além da não reciclagem dos materiais para os locais de origem. A incineração é um processo dispendioso, no qual o lixo é queimado em câmaras de incineração. As cinzas resultantes podem ser usadas para indústrias de fertilizantes. No processo de compostagem o material orgânico do lixo sofre um tratamento biológico do qual resulta o chamado "composto", material utilizado na fertilização e recondicionamento do solo.

CONCLUSÃO

O modelo econômico capitalista é uma das barreiras que impedem a consciência ambiental. O capitalismo é um sistema econômico voltado para a produção, lucro e acumulação de riquezas. Lucros a curto prazo e acumulação de riquezas nas mãos de poucos.

A base do capitalismo é o consumismo. Quanto maior o consumo, mais lixo e quanto maior o número de lixo, maior a poluição. Antigamente a energia eólica era a base para a irrigação na agricultura, produção de energia elétrica entre várias outras funções.

Depois da Revolução Industrial a utilização e o comércio dos produtos movidos por combustíveis fósseis fez com que esta prática não poluente de energia fosse esquecida. Se esta prática tivesse continuado estaríamos hoje bem mais adiantados, o que não ocorreu justamente por causa da necessidade de consumir do nosso modelo econômico chamado Capitalismo.

O mercado oferece diversos produtos que estão de acordo com as normas técnicas da EPA, Environmental Protection Agency (Departamento de Proteção Ambiental). Porém, o custo desses produtos é mais elevado. Um exemplo bem prático disso é uma pessoa que deseja comprar um carro que não polui o ar, movido a energia elétrica, ou seja, um carro que necessita de várias baterias para funcionar. Tudo isso aumenta o custo do carro. Por outro lado, existe um carro movido a combustível fóssil cujo preço é duas vezes menor do que um carro ecológico. Obviamente a pessoa irá escolher o mais barato pois é o que o seu dinheiro dá para comprar. O alto custo dos produtos não poluentes desestimula a população.

Portanto, a maior arma contra a poluição do mundo será a educação da população.

Recentemente, foi atribuído aos currículos escolares a disciplina Educação Ambiental, que ensina aos estudantes noções de Ecologia e de como viver bem consigo e com a natureza. Mas, nem todas as pessoas têm acesso a esta disciplina, por isso acabam cooperando para o aumento da devastação do meio ambiente.

Existem vários produtos nas prateleiras como videocassetes, aerossóis, removedores de poeira, sprays para cabelo, antigos aparelhos de ar condicionado e vários outros que na sua composição possuem CFCs, que são compostos altamente nocivos à camada que protege a terra dos raios solares. Certamente a pessoa que não tem conhecimento sobre o assunto levaria o produto sem saber que estava ajudando a acabar com a vida na terra.

A preocupação deve ser de todos, principalmente, dos fabricantes na elaboração e composição dos produtos sem o uso do CFC (clorofluorcarbono).

Mas, os maiores poluídores do mundo não são as fábricas e os esgotos e sim as atividades feitas pelo homem. Somente ele tem a capacidade de reverter esse quadro de devastação mundial. O nosso futuro depende do controle da devastação e da emissão de gases, no conservacionismo, no uso de fontes alternativas de energia não poluentes, na reciclagem, no reflorestamento e, principalmente, na conscientização de toda a população mundial de que a nossa biosfera atual, que até agora foi o nosso único hábitat, é também a única que temos possibilidade de ter e que devemos fazer de tudo para garantir que ela continue habitável.

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