A destruição de florestas em grande escala já atinge 46% das matas originais do planeta. Do total de 62.200.000 km² de mata nativa, apenas 33.400.000 km² ainda cobrem a superfície terrestre.
Cerca de 170.000 km² de floresta desaparecem anualmente. Entre as principais formas de desmatamento estão as queimadas de extensas áreas para a prática de agricultura e pecuária. A expansão dos centros urbanos, a construção de estradas e a implantação de grandes projetos minerais e hidrelétricos também motivam as devastações. Outras causas importantes são a comercialização de madeira e o extrativismo de inúmeras espécies de interesse econômico.
O desmatamento condena as populações que dependem da floresta para a sua subsistência, atinge um patrimônio genético que poderia ser usado para originar novos tipos de remédios e alimentos, empobrece os solos tropicais, que se tornam inférteis, e ameaça de extinção dezenas de espécies.
Essas perdas, por sua vez, acabam gerando um grande número de problemas sociais, econômicos e políticos. Quando desembarcaram do navio MayFlower, os primeiros colonos dos EUA pisaram num continente completamente arborizado ao leste de Mississipi - eram 179 milhões de hectares de verdejantes florestas. Hoje não restam mais de 10 milhões.
A taxa exata na razão da qual as florestas estão atualmente sendo destruídas no mundo não são conhecidas, uma vez que não tem sido feito um censo global desde 1990. Naquela época, uma área de aproximadamente 150.000 km2 de floresta tropical, equivalente ao tamanho do estado de São Paulo, tem sido destruída a cada ano. Também uma área semelhante de florestas tem sido destruída ou degradada anualmente. Na média, a taxa de destruição aumentou durante os últimos anos em função de desmatamento irregular e clandestino no Brasil e na Indonésia.
As florestas ao redor do mundo estão sob pressão. As florestas tropicais estão rapidamente desaparecendo principalmente devido ao corte da madeira, exploração mineral, construção de hidroelétricas e a ocupação desordenada da terra em geral.
A temperatura e o crescimento das florestas tem sido destruídas pela indústria de papel e madeira. A vida de nossos indígenas está indeterminada e todo ano milhares de espécies de animais e plantas desaparecem da face da terra.
No Brasil, a Mata Atlântica se estende desde o estado mais ao sul do país, o Rio Grande do Sul, até o estado do Ceará, na região do Nordeste brasileiro, compreendendo uma extensão de 5.000 km. Esta região costeira abrange diferentes altitudes e pode ser classificada em diferentes ecossistemas, caracterizados por uma extensa biodiversidade. Devido a forte pressão populacional exercida pelo processo de urbanização do litoral brasileiro, as florestas vêm sendo drasticamente devastadas. De um total de mais de um milhão de florestas nativas intocadas, restam, atualmente, somente 50.000 km2, espalhadas em pequenas áreas pelo país.
A destruição da Floresta provém do desmatamento das encostas dos morros, assim como o incontrolável corte de madeira, da agricultura, da produção de carvão vegetal e da ocupação imobiliária desordenada.
Algumas áreas da floresta tropical são ricas em metais preciosos como o ouro e a prata. Grandes depósitos de alumínio, ferro, cobre e zinco também são encontrados. Uma infra-estrutura de desenvolvimento e uma afluência de mineiros nas áreas de matas não-exploradas inevitavelmente resulta em desflorestamento. A contaminação pelo mercúrio (usado na extração de ouro) é também comum.
Governos e corporações tendem colocar a culpa da destruição nas ações dos proprietários da terra e dos invasores. Mesmo assim em países como o Brasil, planos governamentais tem deliberadamente encorajado a colonização das florestas tropicais. Observa-se que os pequenos agricultores são forçados por empresas agrícolas mais bem estruturadas à deixarem suas próprias terras e a adentrarem em áreas de florestas nativas.
Muitas coisas que nós compramos contribui para a devastação da Florestas Tropical. Madeiras nobres, tais como Mogno, Peroba e Embuia são exemplos clássicos. Plantações de frutas tropicais são freqüentemente encontradas em áreas onde no passado havia uma floresta tropical ou de mata nativa. Algumas companhias estão ainda envolvidas em grandes projetos industriais que ajudam a destruir a Floresta Tropical.
DESMATAMENTO NO BRASIL
Brasília, Brasil 17/04/2000 - O relatório anual do Governo Brasileiro sobre a devastação da maior floresta do mundo mostrou que o caminhar da destruição permanece contínuo, mesmo com crescimento da fiscalização sobre as áreas de risco. As taxas de devastação entre 1998 e 1999 mostram que a situação não está piorando. A Amazônia brasileira, que sozinha é maior que o Leste europeu, perdeu 16.926 km2 de florestas no ano passado, conforme atestam as imagens de satélite.
“A tendência de crescimento na devastação tem sido controlada” diz o Ministro do Meio Ambiente José Sarney Filho.
A extensão real da destruição da floresta tropical é mostrada através de uma reportagem sobre o assunto na Revista Nature Magazine, a qual põe em dúvida o relatório oficial do governo brasileiro sobre a destruição da floresta tropical. Segundo a mesma, o tamanho dos problemas causados na floresta na Amazônia é duas vezes maior do que as estimativas sugeridas pelo relatório, dizem os pesquisadores.
IMPACTOS sobre o ecossistema amazônico
As queimadas e desmatamentos deixam o solo desprotegido, facilitando a erosão e provocam a perda de nutrientes, diminuindo a fertilidade. O solo sem cobertura causa o assoreamento dos rios, o que produz inundações. As represas recebem grande quantidade de terra, sofrendo contínuo processo de assoreamento e prejudicando a vida aquática. Formam-se novas ilhas nos santuários dos rios, impedindo a subida dos peixes e dificultando o transporte fluvial.
Impactos ambientais
Os desmatamentos provocam sério impacto no meio ambiente. Sendo as florestas o ecossistema mais rico em espécies animais e vegetais, sua destruição constitui grave risco à biodiversidade. A perda da cobertura vegetal causa a degradação do solo e, em decorrência, a desertificação. O extermínio das florestas também afeta o clima, pois elas regulam a temperatura, o regime de vento e de chuva. A redução da camada vegetal e a conseqüente diminuição da chuva levam ainda ao aquecimento da Terra. O desmatamento e a erosão do solo nas nascentes e nas margens dos cursos de água comprometem a rede hidrográfica, à medida que grande quantidade de terra e areia se deposita no fundo de rios e lagos, diminuindo sua profundidade. Esse fenômeno, conhecido como assoreamento, aliado à escassez de vegetação nativa, que antes absorvia a água, intensifica a incidência de enchentes
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